Kimetsu no Yaiba é uma série de mangá que foi escrita e ilustrada por Koyoharu Gotoge e serializada pela Shounen Jump entre fevereiro de 2016 a maio de 2020.
A trama principal trás Tanjirou Kamado em uma jornada como Caçador de demônios com uma única motivação em mente, salvar a vida da irmã mais nova.
Basicamente, com esse roteiro meio simples e pode se dizer até clichê, Kimetsu no Yaiba se tornou um verdadeiro fenômeno mundial, claro, não só pelo mangá, mas também pelo anime transmitido em 2019.
Podemos aqui discutir vários motivos a qual levou Kimetsu no Yaiba a status que possui atualmente, mas ao ver a história, ao assistir o anime, fica um tanto quanto claro o motivo, e vamos aqui discutir um pouco sobre eles.
Acredito que podemos começar pelo estilo do anime. Kimetsu é o típico anime Shounen, ou seja, aquela história em que temos em geral um jovem protagonista que possui algum tipo de poder pra poder enfrentar um grande mal.
Exemplos: One Piece, Dragon Ball, Naruto, Bleach, Boku no Hero, etc…
Shounen é o nicho que mais atrai o público aos animes, seja pelos poderes ou pelas lutas, até mesmo pela história, o grande público sempre tem um anime do gênero na ponta da língua.
Na trama em questão, temos Tanjirou, um garoto na casa dos 14 anos que vive nas montanhas junto de sua família. Em determinado momento, por conta de uma nevasca, o garoto fica preso na vila próxima e não consegue retornar para casa, e a por conta dessa ocasião, a vida do nosso protagonista muda radicalmente.
Quando o jovem Tanjirou retorna pra casa, se depara com uma cena de crime, um crime cruel e impiedoso, sua família foi exterminada, exceto um, sua irmã Nezuko, mas agora Nezuko está diferente, a jovem se tornará um demônio. É a partir desse ponto que a jornada de Tanjirou começa, ele está determinado a trazer sua irmã de vota à humanidade, enquanto busca o responsável pelo ocorrido a família, logo então, se torna um Caçador de Demônios.
Apesar do enredo padrão, a história flui com muita naturalidade, e a construção dos personagens, apesar de rápida, é bastante fluida, o que permite adicionar mais tempo de interação entre eles.
Por falar nos personagens, a forma com que são trabalhados é tão bem feita que não importa se você gosta ou não de persona A ou B, você vai de alguma forma querer ver um pouco mais dele.
Tanjirou também não é um protagonista padrão que só quer saber de ficar mais forte e enfrentar vilões mais fortes, ele está determinado em salvar a irmã, e por isso se empenha, mesmo assim é capaz de demonstrar compaixão e claro, é bastante inteligente se for comparado a grande maioria de protagonistas.
Nezuko por sua vez é uma mistura de simpatia atrelada à força e autocontrole, a personagem também nos prove os momentos mais fofos da jornada. Nezuko e Tanjirou são capazes de nos mostrar uma dupla em sintonia completa e atrelada ao mesmo objetivo.
Um destaque da história é o principal vilão Muzan que além de aparecer logo nos primeiros arcos da história, tem um visual que lembra muito a um dos maiores ícones da cultura pop.
Em seus 26 episódios, o anime adaptou cerca de 6 arcos da história. A história completa possui 11 arcos, o que mostra o quão objetiva é a história. Além disso, como citado anteriormente, a construção dos personagens é muito bem trabalhada, além das batalhas serem bem justificadas.
Mais um ponto de suma importância para o sucesso da história, é o afinco que o estúdio Ufotable teve na construção do anime. Não há quem não elogie a animação, a computação gráfica, os cenários, o visual dos personagens. Além disso, a escolha da Cantora J-Pop LiSA para performar a abertura e o encerramento do anime foi perfeita. LiSA é um destaque absoluto no mundo Otaku, tendo trabalhado em vários anime populares e excelentes, então, foi uma adição mais do que bem vinda.
Gurenge, a abertura do anime sem dúvidas é uma música que será lembrada por muito tempo no meio da J- Music e no meio Otaku. Só pra citar alguns outros trabalhos de LiSA, nós temos Crossing Field, icônica primeira abertura de Sword Art Online; Rising Hope, a segunda abertura de Mahouka Koukou no Rettousei; Oath Sign e Ash, aberturas da franquia Fate (Zero e Apocrypha;) e claro, Homura, a música tema do filme de Kimetsu no Yaiba que está em transmissão nos cinemas nacionais.
Ainda falando de música, destaque pra compositora Yuki Kajiura, autora da trilha sonora do anime e das trilhas de outras obras como Sword ArtOnline e Puella Magi Madoka Magica.
Falando agora do filme, a história é continuação direta do anime e aborda o 7º arco da história. O trabalho continua impecável, portanto não é de se estranhar os números que o filme vem alcançando, portanto se já assistiu o anime, não deixe de conferir a continuação em Kimetsu no Yaiba: Mugen Ressha-hen.
Por falar em continuação, uma segunda temporada do anime já foi cofirmada para o fim de 2021. Além disso, uma game de luta para consoles está prometido para o final de 2021 também.
Por tudo o que já foi citado aqui e muito mais, é valido dar uma chance ao anime. É certeza que em algum momento você vai se emocionar, vibrar, chorar, amar ou odiar o Inosuke e o Zenitsu, torcer pra ver mais batalhas e mais poderes, querer ver a Nezuko brilhando, mas também, com certeza torcer para o Tanjirou achar uma cura para ela.
Lembrando que Kimetsu no Yaiba se encontra na Funimation, Crunchyroll e desde 1 de Abril na Netflix, e o filme está em exibição nas melhores redes de cinema nacionais, então não deixe de conferir.
“Kimetsu no Yaiba é de autoria de Koyoharu Gotoge – todos os direitos reservados”
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